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Encontro internacional de museus de cidade:: Dia 23 de agosto

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Nosso dia 23 começou bem.

Ás 15h estavam Maíra, Bete, Tássia, Samuel, Bruno, eu (Manaíra), Ilana e Renan no Museu da Glória. Ilana fez parte da mesa.

Neste dia do evento , o tema era : O público de museu.

Para abrir a conversa, Jorge Melguiso – de Medelin – falou basicamente sobre como um museu deve criar relações com a comunidade a sua volta  e alimentar outros discursos. Para Jorge, o museu deve ser o lugar de reflexões e proposições da comunidade.

Na cidade de Medelin na Colombia , foram criadas Bibliotecas parques que serviram de modelo para as do Rio de Janeiro. Portanto, foi de grande importância conhecermos mais a respeito dessas “bibliotecas matrizes”.

Além de outros dados , Jorge nos mostrou o “Modesto manifesto pelos museus” escrito pelo autor turco Orhan Pamuk. Ele nos diz que é necessário radicalizar a ideia que há de museu, em vez de refletir relatos sobre nações, passar a centralizar sua narrativa nos indivíduos – os quais são, a seu ver, muito mais compatíveis com a expressão das profundidades de nossa humanidade de que a idéia de nação.

Abaixo segue um trecho do manifesto:

Eu amo museus, e eu não sou o único que acha que a cada dia que passa nos deixa mais felizes. Museus eu levo muito a sério, e que às vezes leva-me irritado e pensamentos agressivos, mas eu não sou uma pessoa que pode falar a sua raiva. Quando eu estava crescendo em Istambul foram muito poucos. A maioria era simplesmente marcos que tinham sido preservados ou, o que é bastante raro fora do mundo ocidental, foram lugares com ar como o escritório do governo. Mais tarde, pequenos museus nas ruas de cidades europeias levou-me a perceber que os museus (como novelas) também pode falar de indivíduos.

Para ler o manifesto na íntegra clique aqui.

O dia do encontro seguiu com Marcus Faustini falando sobre a relação entre as periferias e os museus. Faustini instigou a todos com seus questionamentos sobre a colaboração da comunidade em todos os setores do museu, incluindo o administrativo e financeiro. Para ele seria interessante que a comunidade pudesse participar de todo processo de elaboração das curadorias e acervos, sobretudo no que considera mais importante: o acesso à metodologia utilizada para organização das bibliotecas e museus. Ele comparou esta metodologia a um código fonte aberto, assim todos poderiam interferir e aprender “como” fazer seus próprios projetos.  Ele citou também sua experiência com a iniciativa da Agência de Redes para juventude que estimula o empreendedorismo criativo em jovens cariocas.

Após as falas dos dois palestrantes Ilana e o diretor da Biblioteca de Manguinhos, Alexandre Pimentel, comentaram as ideias de Jorge Melguiso e Marcus Faustini.

Abrimos para um debate com o público. Foi quente! Tássi foi a primeira a perguntar. Logo, Samuel também se expressou muito bem e fez sua explanação sobre o que achava sobre a relação do público com os museus em geral.

Espero que as palestras tenham servido como um bom material de pesquisa para a pauta de todos!

O dia foi extenso! acabando a palestra na Glória , partimos para a Biblioteca de Manguinhos para uma mesa em homenagem ao centenário de Nelson Rodrigues. O tema era : As mulheres em suas obras.

Inté!